quarta-feira, junho 29, 2005

A preciosa mercadoria chamada sexo


Assistimos, hoje, a uma grande banalização do sexo. Tudo o que antes o envolvia, como amor, relações familiares, fidelidade e comprometimento, perdeu o valor. Hoje o sexo está independente de tudo isso. O sexo tornou-se uma mercadoria.

Com a crise dos valores morais ocidentais, ele passou a ter outra dimensão e outra importância. Passou a mostrar quem é quem. Se você tem uma vida sexualmente ativa, você é bom, você pode tudo. Porém, se você não tem uma vida sexual, você não pertence ao círculo dos ‘bacanas’. O sexo perdeu o seu sentido místico de união amorosa e passou a ser um mero instrumento de prazer.

Hoje em dia, tudo está relacionado a ele. Para se vender cerveja, é necessário colocar umas loiras na propaganda; para promover algum evento, utiliza-se uma linda mulher (mesmo que seja burra como um porta). Assim funciona o mundo. O sexo se banalizou. Décadas atrás, o que imperava era a moral católica. A família era uma instituição sagrada. Com o mundo caótico de hoje, cada vez mais individualista, esta moral já não tem tanto peso. Nem a família.

Nesta era capitalista, cada um tem de garantir o seu. Com o sexo não foi diferente. Todos buscam prazer. Afinal, como agüentar um mundo tão desigual, tão cheio de artimanhas?

Esse aspecto mercadológico permeia tudo. O sexo não só tornou-se uma mercadoria, como já é, há tempos, uma indústria. A prostituição gera, desde tempos imemoriais, muito dinheiro em todos os rincões do mundo. Além da ‘profissão mais antiga do mundo’, a pornografia é um ramo que gera muito, mas muito dinheiro.

O sexo já tinha este caráter ‘vendável’ antes. A diferença é que hoje ele não só é ‘vendável’, é trivial. Pornografia sempre existiu, mulher pelada na TV de domingo a tarde, não.

O cúmulo desta banalização sexual são as meninas de 5 ou 6 anos que imitam a Carla Perez no programa do Gugu. O que será destas meninas? O que será desta sociedade?

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