terça-feira, janeiro 12, 2010

Uma bela cigana

Ontem me encontrei com uma bela cigana
E perguntei a ela se, enfim, me livrarei da solidão
Ela me disse que sim,
Que terei o amor de Mariana
Carolina, Isadora, Manuela e Conceição

Mariana será quem me dará carinho
Para, no frio, me reconfortar
Carolina me dará um apenas um beijo
Para depois sua ausência eu lamentar
Com Isadora e Manuela, sei que terei calor
Para esquentar meu coração
E de Conceição, aquela de quem mais gostava
Nada além de duas semanas de ilusão

Naquele pedacinho de chão que você pisou

Deixei meu coração ali
Naquele pedacinho de chão que você pisou
Dançando com sua saia rodada
Sem imaginar que estava sendo fitada

Naquele instante em que te vi
Meu coração palpitou
Foi mais uma paixão que meu peito brotou
E que por toda minha alma esta luz irradiou

Naquela tarde

Naquela tarde, a primavera inspirava
Mais até do que a lembrança do sorriso dela
Mas eis que ela apareceu
Choveu

Naquele tarde, a saudade eu cantava
De um tempo em que vivia pensando nela
Mas eis que ela apareceu
Um novo samba nasceu

Contentamento

Sinto-me contente, pois vi paixão em teus olhos
Já posso, em versos, te exaltar
Já posso, em samba, te cantar
Sou mais um sambista cuja felicidade veio ao peito morar

Nunca senti tamanha alegria
Pois ainda não provara a sua doce companhia
Não imaginava que esse contentamento
Pudesse ser tão forte sentimento

O poeta

O poeta, com a luz de sua criação
Ilumina outro coração
Que resplandece tal inspiração
Em outros versos carregados de emoção

A música que habita o compositor
Brota majestosa como no jardim, a flor
E aquele poeta com seus versos comoventes
Faz cintilar em outro comovido peito
Sinceros versos plangentes

(Homenagem a Paulo César Pinheiro)