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sábado, março 24, 2012

O contrato da vida (Sobre números, voos e razão)

Ah, se eu pudesse rever este contrato que diz devemos viver pelo e graças ao dinheiro... A energia vital de nossa existência, o amor, é cada vez mais dispensável. Se eu pudesse reler as letras miúdas que dizem que, sim, o dinheiro é quem manda nas relações humanas e sociais... A linha fina, as letras miúdas, tem um significado garrafal: viva para o dinheiro ou morra sem ele.

Se eu pudesse rever o contrato da vida, diminuiria a importância do status e do poder e daria mais valor à amizade. Aboliria a competição, as disputas, as metas, os rankings. Não haveria vencedores, nem tampouco perdedores.

O contrato espúrio, forjado em mentiras, submissões, controles e capitulações, não leva em conta em que, por trás de um braço forte que produz, há um coração que sente, ama, deseja. Por trás de uma cabeça que pensa, há sentimentos, que, na maioria das vezes, são controlados pela razão, estupidez maior inventada pelo homem moderno.

Números foram inventados para quantificar. Mas como calcular o que é intangível? Você pode dizer qual o tamanho do amor que você nutre por sua mãe, seu amigo, sua namorada? Não. Mas os números, as disputas, insistem em aparecer à tona. Você me ama como eu te amo? Você gosta tanto disso quanto eu? Você é mais bem-sucedido que eu? Você é mais feliz que eu? Números, quantidade e muita razão para temas, aspectos, sentimentos, estados de espírito que não se traduzem nem mesmo com palavras.

Eis a ciclo da vida: a razão nos sugere números, o dinheiro sugere poder, os números sugerem controle, tal qual o poder. E por acaso existe algum controle na emoção, no amor, nos sentimentos?

A mente, à medida que a colocamos para funcionar, confunde mais e mais. Dizem que a emoção é uma cegueira que te conduz a voos altos e isto é um problema, ao passo que a razão te põe seguro no chão, impedindo voos e saltos. Na verdade, a razão te prende a uma realidade que já foi vivida, testada e comprovada cientificamente e a emoção são as descobertas, o novo, o inédito, o extraordinário, que abre as portas da percepção para novas dimensões.

Confie no que você sente. Voe, abra novas portas. A vida que já foi vivida não precisa de você.

segunda-feira, outubro 26, 2009

Pátria?

Nossa sociedade é medrosa e se esconde atrás de muros para ignorar uma realidade desigual, fruto da cegueira voluntária por parte de uma elite que se recusa a ajudar o outro lado.

O medo permeia tudo. Tememos os marginais que são marginalizados por conta de um sistema social marginalizante. O preconceito social faz com que tenhamos medo destes. Também tememos a nós mesmos e não nos permitimos estender a mão àqueles que são diferentes que nós.

Tememos o próprio amor, pois o egoísmo é algo tão latente nos valores da sociedade contemporânea que nos privamos de compartilhar a felicidade com alguém. Como confiar em alguém? Como se entregar a alguém, se para isso não dependeremos exclusivamente de nosso egoísmo? Eles quiseram, tentaram e conseguiram mercantilizar os sentimentos e emoções.

De tantos temores, nos privamos de viver. Pelo medo de amar, deixamos de nos encantar. Pelo medo de errar, deixamos de tentar. Pelo medo de viver, nos contentamos em apenas sobreviver.

Junto ao medo, andam lado a lado a mentira, a hipocrisia e a falsidade. Condenamos o uso de maconha, apontando o exemplo do tráfico, mas enchemos a cara de uísque e anti-depressivos, drogas legais que rendem boas cifras aos cofres públicos. Proibimos o uso de cigarro nos bares boêmios alegando que este ambiente era insalubre, mas colocamos todos os dias milhões de carros nas ruas, poluindo o ar e acabando com a qualidade de vida dos cidadãos com seus intermináveis engarrafamentos.

Vivemos numa sociedade policialesca e proibitiva. Preocupamos-nos mais com o que não pode fazer do que com as possibilidades valorosas que deixamos de enxergar por conta de uma lente míope que esta presente na armação da maioria dos óculos das brasileiros. São inúmeras as restrições, mas quase não existem direitos e garantias de decência.

Somos educados para temer quem é diferente e não falar com eles. Somos condenados, desde pequenos, a nos resignar e não nos indignar. Aceitamos a pobreza, a corrupção e a pilantragem como quem aceita uma simples derrota de seu time do coração. Vivemos num país onde a honestidade é uma qualidade e não uma naturalidade. E o jeitinho brasileiro, sinônimo de trapaça legalizada, é valorizado.

Crescemos e ensinamos aos nossos pequenos estes valores brasileiros nada nobres: resignação frente a um implacável destino, valorização e banalização da desonestidade, imobilidade e incapacidade de sequer sonhar com um Brasil novo, medo daqueles que são os mais golpeados e massacrados pelo sistema, ao passo que continuamos a votar e colocar no poder os maiores facínoras da nossa nação.

Diante de uma estrutura de poder tão arcaica e de uma sociedade com aspirações e preocupações tão vazias, como falar em Pátria, se ainda nem abandonamos traços e ranços coloniais?

O Brasil é um país com contradições continentais
.

quarta-feira, setembro 23, 2009

Um desabafo sobre a Paulicéia


Paulicéia desvairada. Essa camada cinza de poluição que nos encobre dita o nível de clareza que temos nos relacionamentos humanos que nos circulam. Nada é claro, nada é sincero. Tudo é obscuro, falso. O ar sujo é o que temos para respirar. Acostumamos-nos com tanta sujeira que não sabemos ser transparentes. Honestidade é uma qualidade e não uma naturalidade do cidadão. Quando pensamos em fazer algo da maneira correta, já fomos passados para trás. Essa esperteza, esse jeitinho brasileiro é a triste característica que impera.

Mal consigo ver humildade, mal posso sentir bondade, é raro ver solidariedade. Acostumamos-nos a ver miséria e fome. Deveríamos nos indignar e não nos acostumar. Colocamos um véu para cobrir a desumanidade que impera nas ruas. Temos medo de uma criança de rua, esta sim uma vítima da sociedade. A marginalidade é confundida com bandidagem, mas esquecemos que o homem nasce bom e é sociedade que o transforma em sangue bom ou sangue ruim.

Acredito no amor e na amizade. Trato bem todos sem esperar nada em troca. Gosto de surpreender alguém com atitudes espontâneas que demonstrem carinho. Estendo a mão a todos e, se por ventura, alguém não me oferecer um abraço, respeito, me entristeço e mesmo assim solto meu sorriso. Porque o sorriso é a arma para combater sofrimento, a falta de amor e felicidade. Não um sorriso amarelo forçado, apenas um sorriso sincero. Porque se ele não vier, e sim algumas lágrimas para demonstrar alguma mágoa ou tristeza, deixo rolar. Verto em silencio até secar lágrima por lágrima.

Quando sinto essa tristeza, penso naqueles que me fazem feliz. Penso na pureza de alma de alguns. Aqueles que valem a pena passar alguns momentos da vida. Imagino aquela gargalhada invadindo minha mente. E consigo afugentar a dor.

terça-feira, março 24, 2009

Resista ao alistamento do exército da futilidade

Por que tanta vaidade, se isto não te faz mais gente? Pra que tanta ostentação, se isto não te traz dignidade?

Vejo tantas pessoas sendo conduzidas pela triste embarcação da hipocrisia, onde os verdadeiros valores são ofuscados pela máscara da falsidade. Sendo assim, não sabem valorizar aquilo que, de fato, faz com que possamos ser humanos: o amor ao próximo, o respeito, a humildade e a solidariedade.

Por que você pensa que é melhor do que alguém? Quem falou que um carro importado é um bem? Um bem, o próprio nome já diz, só pode ser algo que traga bondade. Como um sorriso despretensioso, um abraço sincero, uma risada bem demorada ou uma lágrima de emoção que rola em um rosto de alguém.

O que te faz pensar que é feliz? Tendo muito dinheiro, mas nem um pingo de consciência, você não passa de um condenado. Condenado a viver enclausurado num mundo de fantasia, irreal como uma fábula.

Quando vejo os jovens da minha idade com valores tão desprezíveis, confesso que fico triste. Triste por ver o exército da futilidade é infinitamente maior do que as pequenas tropas que compõe o lado de cá, formado por poucos cidadãos que cultivam o amor e semeiam a bondade, colhendo frutos tão saborosos que só quem os prova sabe como é.

Resista ao alistamento forçado do exército da perdição. Esqueça estes falsos valores arbitrariamente impostos a nós e pratique a verdadeira bondade. Pense, reflita e viva a vida despido de orgulho, hipocrisia e vaidade. Verá que será feliz de verdade.

sexta-feira, novembro 28, 2008

A cruel foice da ignorância imposta e o aniquilamento de sonhos

Um impulso de criatividade é muito comum acontecer em pessoas que têm a mente muito agitada, são curiosas, gostam de aprender, de pesquisar e de ler. Outros tantos, com pouca erudição, mas uma ânsia de saber imensa e profunda percepção sobre a vida, carregam sabedoria suficiente para realizar algo perene, que se mantenha vivo pela imensa emoção carregada dentro de si. Emoção presente durante o processo artístico e que é devolvida em forma de lágrimas àquele que se identifica com aquilo posteriormente.

Esta mente que não pára, e que fica o tempo todo às voltas com pensamentos, como um colibri rodeando as flores, é, indubitavelmente, uma mente fértil por natureza. E é preciso fazer acontecer, não desperdiçar um solo rico cobrindo-o de asfalto.

Muitos não sabem, mas têm este tal rico solo, pronto para que uma flora esplêndida brote e desabroche. Infelizmente, pela pura preguiça e falta de curiosidade pela vida, não reconhecem isso. Navegam pelos mares da ignorância, conduzidos pelas embarcações da televisão alienante e das estapafúrdias regras morais que regem a sociedade, deixando, assim, esvair brilhantes idéias, projetos e inspirações que muito bem poderiam se traduzir numa bela e autêntica obra-prima artística. É a vitória do asfalto sobre a natureza pujante. Quantos versos, melodias e pinturas foram ceifados pela brutal foice da ignorância imposta?

Às vezes, a força da natureza arrebenta o cimento e árvores brotam do próprio asfalto, destruindo-o. É quando a mente se abre para novas percepções, criando um novo espaço criativo. E não pode-se desperdiçar estas oportunidades riquíssimas. Idéias que vem com uma força sobre-humana não podem ser deixadas de lado, por mais malucas que possam parecer a um primeiro momento. Um ato de gentileza ou palavras bonitas ofertadas a alguém são gestos nobres que não podem deixar de serem feitos jamais, mesmo sendo você uma pessoa tímida por natureza.

E que bonito seria se a humanidade praticasse a gentileza. Flores ao invés de metralhadoras, sorrisos ao invés de falsidade, amor ao invés de embargos, solidariedade ao invés de tortura, paz ao invés de guerra.

terça-feira, agosto 12, 2008

Conselho de sambista

O Mauro Duarte falou para eu ter cautela
O Nelson Sargento e o Marreta me disseram para eu ter cuidado
Mas preferi ouvir o Paulinho e o Elton
Além do Joãozinho da Pecadora
No meio do caminho, me lamentei com um maxixe do João da Gente
E agora, no final das contas, o que restou foi o samba do Monsueto
O partido do Mijinha e o samba do Geraldo Babão.

terça-feira, março 25, 2008

Com um sorriso, derrubo uma tropa inteira...

Pois é, meu caro amigo, conseguiste me emocionar com suas palavras. Palavras sinceras, puras, muito bem colocadas. Palavras que servem de instrumento para a conscientização, palavras que cativam, inspiram, emocionam.

Conhecendo-te bem como conheço, sei da força de tuas palavras. Amo-te, meu irmãozinho. Falas a mesma língua que eu, vives no mesmo universo que eu, respira o mesmo ar que eu. Somos um só.

E como você, também me incomoda tantas coisas neste mundo. “No meu peito, fisga a dor da indiferença, pois percebo que a saúde não se importa com a doença”. Nunca fui indiferente a tantas mazelas que nos cercam. Não vivo em uma redoma, sei das coisas que me cercam. Vive bem aquele que se encontra enclausurado num condomínio de luxo? Certamente vive com medo. Medo de que alguém invada seu mundo e leve aqueles bens que afagam a alma do pobre milionário.

Caríssimo, escrevo estas palavras com lágrimas nos olhos. Como é bonito saber que ainda existe gente como você, como nós. Gente que não se conforma com tudo isso que acontece diante de nossos olhos. Será que um dia “os palácios vão desabar sob a força de um temporal, tudo vai voltar ao seu lugar, afinal”? Meu irmão, que bom saber que tem gente que pensa alto. Nunca deixe de sonhar, porque o sonho é o caminho para nossa libertação.

Tanta coisa invade minha cabeça, sinto que cuspo palavras como uma metralhadora automática. Mas esta não mata, cativa. Se ferir, fere o peito de pessoas hipócritas, falsas, mentirosas. Quando teremos mais compaixão, solidariedade e amor? O mundo precisa disso, mas todos só conseguem enxergar cifrões. “Sentimentos em meu peito eu tenho demais”, mas quem se importa? Não tenho cascalho, nem carro do ano. Aos olhos de um cidadão comum, sou apenas mais um latino-americano subdesenvolvido com uma cultura enlatada na cabeça... Quem me conhece sabe do amor que tenho no peito. “Eu lhe tenho muita amizade, amor no meu peito é mato” É mato, irmão.

“Por isso não adianta estar no mais alto degrau da fama, com a moral toda enterrada na lama”. De que adianta estar lá em cima? Pra fazer merda, se vender. “Não me vendo pra viver. Se tiver que viver assim, morro de fome. Não precisa ter dó de mim, honre meu nome”. Tenho tanta pena deles...

O antídoto para tanta podridão é um sorriso de criança. Isso sim é valoroso. Isto sim funciona como um tapa na cara da bossalidade. Há tantos singelos momentos em nossa vida que valem a pena... Devemos aproveitá-los e relembrá-los com carinho por toda a eternidade.

Sinto que fazemos parte de uma resistência. Sem armas, sem violência. Apenas com amor, solidariedade, humildade, compaixão, e, claro, um sorriso estampado no rosto.

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Um desabafo de quem vive apenas para se emocionar e nada mais

Qual o sentido disto tudo? Vivemos numa sociedade hipócrita, cujos valores morais e éticos são pautados pelo dinheiro, pelo poder, pela ganância, pela sem-vergonhice. Os valores morais e éticos de nossa sociedade são imorais e anti-éticos!

Nosso professor, Paulo da Portela já dizia: "Este mundo é uma roleta e nós somos jogadores". Pois bem. E qual é o jogo em questão? O jogo do Paulo era algo mais romântico, que tratava de coisas da vida como o amor, a amizade, etc. O jogo dos bacanas, dos poderosos, é outro. É acumular dinheiro, não importa sob qual pretexto. Passando por cima de tudo e de todos, a única coisa que interessa a eles é enriquecer. Pra quê? Pra se depois se esconderem atrás de
muros e fortalezas, com medo de um marginal que só marginal porque estes bacanas tem dinheiro demais.

As pessoas passam a vida toda gastando saúde para acumular dinheiro e depois gastam todo este dinheiro para recuperar a saúde. Não tem sentido. Joãozinho da Pecadora, com toda sua franqueza, cantou: "O negócio é amor e o resto é conversa fiada. Por que amanhã a gente morre e da terra não se leva nada!". Não leva nada!! O dinheiro acumulado serve para que? Para comprar um caixão bacana?

Vivem infelizes, estressadas, preocupadas, assustadas, com medo. Então pra que viver? Pra que?

Pra acumular mais, pra passar a perna nos outros. São prostitutas legítimas. Muito mais perniciosas do que as legítimas putas, tão inofensivas. Este jogo é desleal. Você deve ser o melhor, não importa os meios. O fim (riqueza acumulada) justifica os meios (trapaça, corrupção, etc).

A sociedade é individualista. Cada um por si e Deus por todos. Isso quando não passam por cima de Deus. Isso quando não colocam Deus no meio da jogada (Universal e Bola de Neve são a mesma coisa: uma bandalheira).

A Esquerda fracassa sistematicamente. E o que falar da Direita?

Revolução é um artigo em liquidação. Vista uma camiseta do Che e pronto, você já é revolucionário. Daqui a pouco vão mudar a frase. "Hasta la victoria, siempre" irá se transformar em "Hasta la Victoria Secret". Lamentável.

O que fazer?

Quem sou eu para dizer? Quem sou eu? Não sou ninguém. Mas acredito nas revoluções pessoais. É nisso que você acredita? Então agarre aos seus ideias. Sonhe, idealize, projete, batalhe, busque, não desista.

Dinheiro? Dinheiro é papel. Apenas papel. E nada mais.

Viva com emoção. Deixe as lágrimas correrem, elas representam o que há de mais puro em nós mesmos.

terça-feira, dezembro 18, 2007

Faça sua revolução!!

Se você não fizer, quem irá fazer?
Pense nisso...

segunda-feira, novembro 26, 2007

O Sol


O Sol que irradia claridade e enche de vida e alegria nossos corações é o mesmo Sol que se esconde atrás de nuvens negras. Sua presença, alegria. Sua ausência, melancolia.

O Sol que brilha para uns, não brilha para outros. Há dias em que procuramos o Sol, há dias que nos escondemos dele. Entretanto, para todos, ele se mostra e se oferece.

Sempre.

Busque o Sol.

terça-feira, junho 12, 2007

Quem gosta de problema é matemático

“Se você fosse dinheiro, eu andaria duro...”. Atualmente, estou numa fase que eu estou correndo de problemas. Mulher chata, problemática, ciumenta, depressiva... Estou correndo disso. Já dizia o grande poeta anônimo, seguidor da sabedoria Missiê Sade Lorran: “Quem gosta de problema é matemático...”.

“Se você fosse alimento, eu passaria fome...” Pra que viver cheio de cobranças e amarras? A juventude está ficando louca com esse negócio de namoro amarrado. Parece casamento... O moleque vive na casa da menina, cria fortes vínculos com a família dela, namora cinco anos e... Deixa de sair com os amigos, jogar bola, assistir o time do coração na TV...

“Se você fosse tecido, eu seria um segundo Adão...”. Não, não pode ser assim. Porque depois casa de verdade e pronto. Não pode mais fazer nada... Não pode ir pro pagode, não pode sair com os amigos... Por mais decente que for o cidadão, a mulher sempre vai pensar que ele vai colocar uns cornos nela.

“Se você fosse calmante, meu bem, arrebentaria o meu coração”. E quando começa errado um relacionamento, não há meio de se consertar. Já dizia o velho ditado: “Pau que nasce torto nunca se endireita”. Começou errado, termina logo... O negócio é liberdade.

“Se você fosse abrigo, eu dormiria ao relento...”. Porque não ser feliz? O homem e a mulher? Pra que ciúme? Se você namora, você respeita... Não pode esculachar... Se você tem uma patroa, valorize né?

“Se você fosse condução, eu viajaria a pé... Da Penha até a Praça da Sé.”. Valorize e nunca deixe descambar. Se desandar o molho, azedar o boi, termine sem dó... Estes são os meus sinceros conselhos neste Dia dos Namorados.

quinta-feira, março 01, 2007

Hipocrisia

É impressionante como a hipocrisia é algo que permeia nossa sociedade em várias instâncias.

Os políticos fazem votos de honestidade e depois metem a mão no dinheiro.

As agências de modelos fazem coro anti-aneroxia e depois põe modelos esqueléticas para desfilar.

Os jogadores de futebol juram amor a um clube, mas só se preocupam com o dinheiro.

Os policiais dizem que protegem, mas estão loucos para enquadrar um maconheirozinho qualquer.

Normalmente é assim que funcionam as coisas em nossa sociedade: te oferecem flores mas te apunhalam pelas costas.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Quantos anos de análise?

Parodiando Adão Iturrasgarai:
Puxar um samba e não saber cantá-lo inteiro - 5 anos de análise
Errar um verso de partido alto na roda de samba - 10 anos de análise
Passar uma tarde inteira escutando sambas do Cacique de Ramos - 100000000000000 anos de análise

domingo, outubro 01, 2006

Eleições 2006


Daqui a pouco vou lá na PUC votar
Em quem será que eu voto? No sujo, no mal-lavado ou na arrumadinha?
E para deputado? No Partido da Trapaça, no Partido do Trambique ou no Partido da Tramóia?
E olha que quatro anos atrás estávamos eufóricos com o mal-lavado na Presidência.
Agora é só lamentar pois ninguém presta.

segunda-feira, julho 24, 2006

Chega de brincadeira

A medida que o tempo passa, as coisas vão ficando mais sérias. Acabou o tempo de brincadeiras sem fim. A cada dia, a cada semana, a cada lua, mais você progride ou mais você fica estancado no mesmo lugar.

Viva progressivamente. Aprenda, ensine, compartilhe, viva.

Ficar parado assim, não dá. Reflita e aja. Basta uma atitude. Força. Não se cansa de ver os dias passarem e você ficar aí, no mesmo lugar?

Ah, esqueci. O problema não é apenas se desenvolver. O problema é o dinheiro. Ele faz você se rastejar e se limitar, né? Você deixa de se realizar porque precisa sobreviver de outra maneira.

Pois é. Sem brincadeiras. Vai ganhar dinheiro com o que você gosta. Deve ser bom gostar de ser político corrupto. Ganha dinheiro fácil fazendo o que se gosta.

Talvez seja típico da idade. Juventude. Tempos de felicidade incondicional.

Vai fazer o teu papel neste mundão. Qual é?

Busca a cultura.

Busca o verdadeiro Brasil.

Acho que é mais ou menos isso.

sexta-feira, março 24, 2006

Brasileiros e Franceses

Enquanto os estudantes franceses ocupam a Sorbonne, os estudantes brasileiros tomam cerveja, Jurupinga, Coca-Cola com pinga, fumam maconha e cheiram B-25.

Na França, há livrarias perto das universidades, no Brasil há bares.

Em Paris, os estudantes são cultos. Em São Paulo, são alienados.

Brasileiro não se preocupa com o futuro, só bebe. E assim, nosso futuro será bebido em doses de Jurupinga pela fútil juventude.

terça-feira, março 21, 2006

Mudanças

Como recebi algumas críticas porque eu só estava falando de samba, resolvi me pautar. Assim, diariamente escreverei sobre política, esportes, cultura, cidades, sociedade e etc... Leiam e comentem (se quiserem, podem descer a lenha). Abraços e beijos.

quinta-feira, março 09, 2006

Matutando

Sentar pra escrever é como deitar na cama para dormir. A diferença é que na cama as palavras vêm mais fácil. Brotam na mente e se espalham. Às vezes, estas palavras causam bastante inquietação. Trazem sentimentos e emoções que não deixa dormir. Para escrever ao léu, você tem de ficar olhando para esta folha branca.

Gosto de ficar matutando. Pensando horas e horas naquela moça ou na vitória do meu time sobre o rival. Ficar deitado na cama de olho fechado escutando um chorinho ou um jazz. Os pensamentos voam. E com eles voam muitas lembranças gostosas dessa doce vida.

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Rio














Numa cidade linda eu fui parar certo dia. Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Que cenário encantador, que maravilha!

Certa vez me disseram que o Rio de Janeiro continuava lindo e que lá as pessoas respiravam alegria e vida. Mas também me disseram que lá existia uma guerra civil. E aqui em São Paulo não? Nós, cidadãos do Terceiro Mundo vivemos no inferno. Que diferença faz um viver em um inferno feio e um inferno bonito. Eu prefiro viver num lugar perigoso bonito do que num lugar perigoso feio.

Viver em São Paulo tem suas muitas vantagens. Uma delas é estar no umbigo da América Latina. Mas viver em uma selva de pedras é terrível. Eu quero é ir pra praia tomar uma brisa, subir o morro pra entrar numa floresta e meditar...

São Paulo, minha querida cidade, o que fizeram com você? De uma cidadela agradável, virou uma monstruosidade feita de concreto e aço. Depois que eu terminar minha missão aqui, eu vou te deixar. Minha missão é resgatar a história dos velhos sambistas da Paulicéia. Depois eu quero viver um pouco no berço do samba.

Isso me fez lembra de um partido alto que fiz com o Iuri, meu parceiro no samba e na vida, em algum bar das redondezas da faculdade. Era assim: “Se hoje faz frio lá no Sul/ na Bahia, o calor te deixa a toa/ tem o samba da cidade maravilhosa/ mas eu nasci aqui na terra da garoa”.

Rio de Janeiro é onde a cultura floresceu no Brasil. Onde a musica popular se fez. Lá no Rio está nossas raízes bantas. E na Bahia nossas raízes iorubás. Do negro banto se fez a macumba que se dessacralizou-se e deu no samba. Na Bahia, os iorubás fizeram o candomblé, uma religião muito forte assim permanece até hoje.

O Brasil está lá e é por isso que, depois de cumprida minha missão, eu vou partir para lá.


-/-


Na vitrola do Piruca:

Paulinho da Viola / Memórias Cantando

Primeira parte de seu álbum de memórias (o segundo é o Memórias Chorando, só com choros) de 1976. Este disco eu comprei num sebo por dois contos e ficou muito tempo encostado porque eu tinha muitos discos e CDs para escutar. Até que um dia eu coloquei pra ouvir e simplesmente não parei mais de ouvir. Quem me conhece sabe que quando eu bitolo em um disco eu fico meses a fio sem tirar da vitrola.

Neste álbum, Paulinho canta músicas que tem um significado especial para ele. Três sambas não são dele. São sambas que ele ouvia quando era criança nas rodas de samba promovidas por seu pai. Sambas lindos com poesias divinas: Pra que mentir (Noel Rosa e Vadico), Nova Ilusão (Claudionor Cruz e Pedro Caetano) e Mente ao meu coração (F. Maltafiano).

Destes três, um é especialmente espetacular.

Nova Ilusão (F. Maltafiano)

É de teus olhos a luz
Que ilumina e conduz
Minha nova ilusão
É nos teus olhos que eu vejo
O amor, o desejo
Do meu coração
És um poema na terra
Uma estrela no céu
Um tesouro no mar
És tanta felicidade
Que nem a metade
Consigo exaltar
Se um beija-flor descobrisse
A doçura e a meiguisse
Que os teus lábios têm
Jamais roçaria as asas breijeiras
Por entre roseiras
Em jardins de ninguém
Ó dona dos sonhos
Ilusão concebida
Surpresa que é vida
Me fez das mulheres
Há no meu coração
Uma flor em botão
Que abrirá se quiseres

Poesia espetacular, não?

As músicas do Paulinho são lindas como todas as outras deste gênio da musica popular brasileira. E não só do samba. Aliás, eu não sei como o Paulinho não tem o mesmo reconhecimento dos grandes da MPB. Mas isto é assunto pra outro momento.

Vou deixar a letra de uma pérola sua deste disco.

Cantando (Paulinho da Viola)

Lembra daquele tempo
Quando não existia maldade entre nós
Risos, assuntos de vento
Pequenos poemas que foram perdidos momentos depois
Hoje sabemos dos sofrimentos
Tendo no rosto, no peito e nas mãos
Uma dor conhecida
Vivemos, estamos vivendo
Lutando pra justificar as nossas vidas
Cantando um novo sentido, uma nova alegria
Se foi desespero, hoje é sabedoria
Se foi fingimento, hoje é sinceridade
Lutando, ‘que não há sentido de outra maneira
Uma vida não é brincadeira
E só deste jeito é a felicidade

Há um partido alto (Perdoa) versado com seu grande e genial parceiro Elton Medeiros que tambem assina a parceira do samba Dívidas na faixa 4 do lado A. Destaque para a maluca parceira com Sérgio Natureza (Vela no Breu) e para a nova versão de seu samba Coisas do mundo minha nega, considerada por ele seu melhor samba.

Os músicos também são de primeira. Nos violões, César Faria, seu pai, e Cristóvão Bastas. No cavaquinho, próprio Paulinho do Cavaquinho. No baixo, Dininho, filho do mestre Dino 7 Cordas. Na bateria, Hércules. Na flauta, Copinha. No bandolim, seu irmão mais novo, Chiquinho. E no ritmo, Elton Medeiros, Rafael, Chaplin, Jorginho, Elizeu, Marçal, Dazinho. E não pense que a bateria e o baixo descaracterizaram o samba, porque o Pulinho sempre gravou com eles e sempre ficou bom. Este é um timaço.

Um disco cativante, que já está na minha vitola há dois meses.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Um pequeno texto revoltado de um louco habitante deste mundáo maluco

A embriaguez alivia, faz esquecer e tornam as dificuldades simples bobagens. O estado torpe é ideal para uma fuga. É muito fácil e gostoso ficar louco e deixar tudo para trás... Não é o que a sociedade prega, mas será que valeria a pena viver sem as alterações de consciência?

O mundo já não é rude demais? Não devemos fugir, mas também não devemos viver com seriedade demais. Pra quê? Para se estressar? No fim todos se igualam debaixo da terra?

Não devemos entrar no jogo do politicamente correto. Isso é para medrosos que vivem como a regra do jogo manda. E são tão infelizes... Têm tanto medo!

De que adianta entrar no jogo, ganhar milhões e ter medo? Com medo de viver, medo de sair de casa, medo do próximo... Foda-se o dinheiro, as tradições familiares, o direito a propriedade, a moral católica, a direita reacionária, a esquerda vendida e todo o status quo vigente. Pro inferno todos as instituições que amarram a sociedade neste sistema sujo.

Viva as coisas simples da vida, o amor, a paz, a amizade e a felicidade. Isso vale a pena. Isso deve ser levado em conta nesta fugaz vida.