sexta-feira, junho 22, 2007

O mais certinho babava e corria atrás de um avião

Todos estavam empolgados com a grande festa que se aproximava. O Operário estava bêbado e o Cozinheiro, seu irmão, já lançava olhares reprovadores sobre ele. Juntos, se dirigiram para a casa do Kolynos, uma pasta de dente pra lá de animada. Chegando lá encontraram o Palhaço Tits, o Palhaço Cabeção, o Vampiro, o Presidiário, o Padre e a Ninfeta. Com exceção do casal imoral (onde já se viu um padre casar com uma ninfeta?), todos saborearam um doce antes de partirem.

A Colegial se juntou com a trupe e todos partiram felizes para a festa. Lá, encontraram a Pedrita e a Cátia Flávia, que estava um espetáculo. Papo vai, papo vem, e de repente o povo começou a ficar louco. Cerveja era consumida a rodo e a mente da galera já estava a mil. O doce saboreado antes da festa era muito gostoso. Ninguém conseguia se esquecer dele...

Outras figuras ajudavam a deixar o ambiente mais festivo. O Homem-Narguilê distribuía sua fumaça por onde passava. Era uma farra só... Quando começou a rolar um som dançante, o Operário logo mostrou para que veio. Seus passos contagiavam a pista. Ele era uma atração à parte. Pena que pouco tempo depois ele não já não conseguia mais se comunicar com ninguém.

O Cozinheiro estava impossível. Não podia ver um rabo de saia que já ia atrás. Mas seu estado também já não era bom. Deu pra perceber que, conforme avançava a madrugada, o pessoal começava a se transformar em bicho. O Palhaço Cabeção era um exemplo claro disso: ficava tirando sarro de todo mundo e seu rosto já começava a derreter.

De repente, e justamente quando o Kolynos e o Palhaço Tits estavam no palco, surgiu um boato que mudaria o rumo da festa: “o Vampiro arrumou briga”. Todos saíram atrás dele... Mas quem foi encontrado ferido e com a roupa rasgada não foi ele e sim o Cozinheiro. Depois de muita discussão ficou a dúvida: Quem brigou? O Vampiro ou o Cozinheiro? Esta pergunta não quer calar...

Neste momento, o Palhaço Tits se transfigurou. Como uma bola de boliche ele saiu derrubando todo mundo até achar o Vampiro. Mas o Vampiro estava dançando feliz e não sabia o que tinha ocorrido. Palhaço Tits ficou muito puto. “Tira seu irmão daqui”, dizia ele para o Operário. “Ele atrai confusão”. Mas olhando para a cara do Cozinheiro, não tinha como não rir. Aliás, nessa hora, todos riam.

Era um pior que o outro. A pista fervia e o calor fazia com que o povo bebesse mais e mais cerveja. Tamanha era a vontade de beber dos meninos que eles dominaram o bar. Era uma cerveja para as meninas e um beijinho...

Como num passe de mágica, acabou a noite e a luz do dia começou a penetrar o ambiente. A porta da balada virou um portal mágico e quem saia entrava em outro mundo. O aspecto geral dos festeiros era de derrota. Todos muito cansados, cheio de aditivos na mente. O presidente Lula, por exemplo, se arrastava pela pista, já querendo ir embora.

Nesse momento, o Presidiário andava de um lado para o outro. Passava, olhava as meninas, conversava com elas e suava... Como suava. Kolynos também estava ruim. Durante uma hora ficou seguindo o Palhaço Tits. Depois, ficou xavecando a mesma menina por horas. Tomou quinze botas, mas nem percebeu. Finalmente, começou a encanar com o Irlandês.

Kolynos, pasta de dente mais maluca do Brasil, não gostou do estilo do Irlandês. Começou a comentar com o Vampiro que estava incomodado com o sujeito. E lá foi ele falar merda pro cidadão. Durante uns quinze minutos ele ficou xingando o Irlandês. Este, depois de não mais agüentar, decidiu ir embora. Mas Kolynos estava louco e gritava: “Irlandês Maldito!!!”. Neste instante, apareceu o Operário, que começou a gritar junto: “É, você é um maldito, atrapalhou a maratona do cara”, numa clara referência ao padre irlandês (maldito).

O ambiente ficou vazio. Só os mais resistentes continuavam. Cátia Flávia estava na pilha e de tempos em tempos levava uma água para o Operário, que já não conseguia se comunicar.

A hora avançava e quando a festa acabou, o Operário e o Kolynos foram deixados para trás. Aí começaram a ligar sem parar para o Presidiário voltar para a festa. E depois de longa espera ele voltou. Foi uma alegria só. Na volta, no carro, o Vampiro e o Presidiário estavam baleados. Em compensação, o Operário e o Kolynos estavam irradiantes. E gritavam “Irlandês Maldito!” para todos que passavam na rua.

Finalmente, todos voltaram para casa descansar. O domingo seria um dia morto para todos. Mas a semana ainda renderia muita história para contar.

terça-feira, junho 12, 2007

Quem gosta de problema é matemático

“Se você fosse dinheiro, eu andaria duro...”. Atualmente, estou numa fase que eu estou correndo de problemas. Mulher chata, problemática, ciumenta, depressiva... Estou correndo disso. Já dizia o grande poeta anônimo, seguidor da sabedoria Missiê Sade Lorran: “Quem gosta de problema é matemático...”.

“Se você fosse alimento, eu passaria fome...” Pra que viver cheio de cobranças e amarras? A juventude está ficando louca com esse negócio de namoro amarrado. Parece casamento... O moleque vive na casa da menina, cria fortes vínculos com a família dela, namora cinco anos e... Deixa de sair com os amigos, jogar bola, assistir o time do coração na TV...

“Se você fosse tecido, eu seria um segundo Adão...”. Não, não pode ser assim. Porque depois casa de verdade e pronto. Não pode mais fazer nada... Não pode ir pro pagode, não pode sair com os amigos... Por mais decente que for o cidadão, a mulher sempre vai pensar que ele vai colocar uns cornos nela.

“Se você fosse calmante, meu bem, arrebentaria o meu coração”. E quando começa errado um relacionamento, não há meio de se consertar. Já dizia o velho ditado: “Pau que nasce torto nunca se endireita”. Começou errado, termina logo... O negócio é liberdade.

“Se você fosse abrigo, eu dormiria ao relento...”. Porque não ser feliz? O homem e a mulher? Pra que ciúme? Se você namora, você respeita... Não pode esculachar... Se você tem uma patroa, valorize né?

“Se você fosse condução, eu viajaria a pé... Da Penha até a Praça da Sé.”. Valorize e nunca deixe descambar. Se desandar o molho, azedar o boi, termine sem dó... Estes são os meus sinceros conselhos neste Dia dos Namorados.